quinta-feira, 31 de maio de 2012

Magnificat anima mea Dominum Lc 1,46

                                                 
Numerosos são os hinos compostos para se mostrar a Deus a devida gratidão. Mas, entoe todos os hinos de ação de graças, e não agradarão a Deus como o Magnificat anima mea Dominum, que Nossa Senhora num arroubo de humildade profunda entoou, e que os “lábios” da Santa Igreja não mais cessarão de repetir jubilosa.
Maria mais do que todos compreendia a obrigação de agradecer a Deus e de lhe dar glória, mais que todos, tinha um coração reconhecido e grato, fiel e cumpridor de seus deveres. No coração de Maria jamais achou acesso o vício da ingratidão. Só a gratidão habitava sempre em tão santa morada.
Tal foi a gratidão da Virgem que inundou toda a sua vida. Com gratidão pensava, com gratidão falava, com gratidão operava. Foi a gratidão de Maria um agradável incenso oferecido ao Criador.
Caro leitor, neste dia em que a Igreja celebra a festa litúrgica da Visitação de Nossa Senhora, nós felizes filhos da augusta Senhora exultamos de prazer o coração, por ter oferecido a Santíssima Mãe uma coroa. Seguimos o exemplo do altíssimo Criador que também a chama para ser coroada: “Veni de Líbano, sponsa mea, veni de Líbano, veni coronaberis Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem, e serás coroada”. (Ct. 4.)
Nós seminaristas do Seminário São Tiago, por meio das mãos de nosso Reitor, o Revmo. Sr. Pe. Álisson André Sacramento oferecemos neste dia uma coroa que simboliza a coroa do triunfo pelas vitórias alcançadas, a coroa do prêmio pelas virtudes praticadas, e a coroa da glória que a Mãe amável recebeu no Céu.
Quão grato não deve ser a Maria ver estes filhos, que, depois de terem considerado suas grandezas, suas virtudes e perfeições durante todo este mês de maio, vêm em dia tão solene depositar uma coroa que representa o nosso amor?
O Reitor destacou em sua reflexão a tremenda antítese de uma mulher tão simples e humilde triunfar como Rainha Soberana! Uma Virgem sem armas que pulveriza debaixo dos pés os inimigos infernais. “Como descrever o triunfo de Maria sendo coroada como Rainha do céu e da terra? Tamanha honra está gravada em pinturas antiquíssimas que se tornaram artes indeléveis em nossas igrejas”.
O Pai queria coroar a sua Filha, o Filho queria coroar a sua Mãe e o Espírito Santo queria coroar a sua Esposa. Para ser coroada o Pai a chama por sua vez, o Filho também, e o Espírito Santo ainda: Veni, veni, veni, coronaberis Vem,vem,vem e serás coroada .
Estimados Leitores, como é doce e consolador o pensamento de que temos no céu uma boa e poderosa Mãe. De fato, é tão poderosa e tão forte a nossa Mãe, que em sua vida não notamos um só momento de impotência, nem um só ato de fraqueza.
Como Rainha respeita a Igreja a Maria, e como tal a invoca em suas orações — Salve Regina, Ave Regina caelorum, Regina caeli laetare como Rainha intemerata a reconhecem toda a espécie humana e toda a corte celeste.  Por isso, podemos exclamar: Ó excelência acima de toda excelência! Basta o seu título de Mãe de Deus para mostrar toda a sua grandeza e excelência. Como disse Pio IX, em sua bula Ineffabilis Deus”: “Só o milagre da maternidade divina de Maria a eleva acima de todos os louvores humanos e angélicos”.
Nas dores e nos agros da vida, nos tormentos e nas lutas, do mundo o nosso coração parece crescer e se abrir quando dizemos com a Igreja: Virgem poderosa, rogai por nós!
             
Seminarista Plínio A. S. Almeida

Fotos da Coroação de Nossa Senhora:


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