quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Símbolos da JMJ em São João del-Rei


A Diocese de São João del-Rei, neste último domingo, dia 27 de novembro, acolheu com muita alegria os símbolos da Jornada Mundial da Juventude. A cruz e o ícone de Nossa Senhora chegaram em São João del-Rei por volta das 22hs e foram recepcionados por muitos jovens e padres da diocese na praça do Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Para conhecimento, a Jornada Mundial da Juventude é um evento católico que acontece em média de 3 em 3 anos em países escolhidos pelo papa com antecedência. Por escolha do Sumo Pontífice, em 2013, a Jornada será realizada no Rio de Janeiro. Nesse intuito, os símbolos estão peregrinando pelas várias dioceses do Brasil e por algumas dioceses nos países da América do Sul.
Os símbolos trazidos de Juiz de Fora por um grupo de jovens de nossa diocese chegaram na praça do Santuário. Em cima do carro de bombeiros, os jovens demonstravam sua alegria em recepcionar tais símbolos tão caros à juventude católica.
O mau tempo não serviu de empecilho para a realização de tal evento. A chuva, o tempo frio não protagonizaram aquela que talvez foi a maior festa da juventude católica diocesana nos últimos anos. A alegria transparecia em seus rostos, vibrantes e eufóricos ao ter contato com os símbolos que percorreram várias partes do mundo.
A Cruz e o ícone de Nossa Senhora chegaram no momento em que o cantor Eros Biondini animava os jovens com um show no salão da Paróquia de Matosinhos. Enquanto isso, no Santuário, Padre José Bittar preparava os fieis presentes para a Santa Missa que aconteceria logo após a recepção dos símbolos na praça.
Em seguida à recepção feita pelos jovens, deu-se início à celebração eucarística no santuário que contou com a presença de vários padres, seminaristas e foi animada pelo “Coral do Movimento de Emaús”. Após a celebração, aconteceu a exposição do Santíssimo Sacramento, seguida de Vigília e atendimento de confissões durante toda madrugada para os presentes, encerrando assim o primeiro dia da passagem dos símbolos da JMJ em São João del-Rei.
A chuva não dava trégua. No dia seguinte, dia 28, com significativo atraso, saiu do Santuário a carreata que conduziu os símbolos para a praça da Biquinha, de onde saiu a Via Sacra com a participação de diversos grupos de jovens de nossa diocese, presidida por Dom Célio e acompanhada por alguns padres. Ela percorreu várias ruas do centro histórico e subiu em direção ao monumento do Cristo, no Senhor do Monte. Ao término da Via Sacra, a Cruz desceu carregada pelos jovens percorrendo as ruas do Alto das Mercês em direção à Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, onde ficou exposta para a veneração dos fiéis juntamente com o ícone. Por causa do mal tempo, o ícone de Nossa Senhora não foi levado na Via Sacra. Por isso, após a carreata foi levado imediatamente para veneração na Catedral de onde saiu juntamente com a Cruz por volta das 14h e 30min.
Uma multidão de pessoas aguardava a chegada dos símbolos no Santuário de Matosinhos para a missa de encerramento e de envio às 15h no Santuário. Com todo o seu espaço interno repleto de pessoas, o Santuário vibrou à entrada do ícone sucedido pela Cruz. Foi um momento de grande alegria e entusiasmo. A Santa Missa presidida por Dom Célio e concelebrada por diversos padres de nossa diocese transcorreu de maneira participativa e contagiante por parte dos jovens. Ao final da celebração foi feita por um grupo de jovens uma apresentação baseada no vídeo feito pelos cantores católicos do Brasil, cantando a música do padre Zezinho “Nova geração”.
Ao término da Celebração Eucarística, Dom Célio abençoou as réplicas feitas da Cruz e do ícone de Nossa Senhora que percorrerão as diversas paróquias da nossa diocese no intuito de cativar a participação mais ativa dos jovens e de certa maneira incentivar sua participação na JMJ em 2013 no Rio de Janeiro.
Os símbolos ficaram expostos no Santuário de Matosinhos até as 15h do dia 29. Continuando sua peregrinação pelas dioceses brasileiras, os símbolos foram levados para a Arquidiocese de Salvador na Bahia onde visitarão as dioceses daquela região.
Foi um momento inesquecível para os jovens presentes. Foi um momento, certamente, de graça e bênção na vida de muitas pessoas que com o contato com estes símbolos tiveram suas vidas transformadas e tocadas pela graça de Deus. Nesse entusiasmo, o Brasil de modo geral se prepara para receber tamanho evento e mostrar ao resto do mundo a força e a religiosidade da juventude católica brasileira.

Seminaristas Lucas Alerson e Rutiero Carvalho







terça-feira, 22 de novembro de 2011

Encontro Vocacional

No último final de semana, dias 18, 19 e 20 de novembro, tivemos a graça de concretizarmos mais um encontro vocacional em nosso seminário diocesano São Tiago Propedêutico e Filosofia, sendo este o último encontro vocacional desse ano. No mesmo participaram dez jovens de várias cidades de nossa diocese. No encontro ocorreram diversas atividades, entre palestras, momentos de oração, bem como momentos de confraternização, entre os vocacionados, seminaristas, reitor e a psicóloga de nossa casa de Propedêutico e Filosofia.
          O encontro teve inicio às 18:00, na sexta-feira dia 18; sendo o encerramento no  domingo, dia 20, com o almoço. As palestras levaram os encontristas a refletirem sobre vários temas, entre eles: “Ser jovem na igreja, tendo por base a homilia do Papa Bento XVI na JMJ 2011”, “Ser jovem e ser discípulo de Cristo. “Qual a contribuição do jovem para a evangelização”,” A relação entre vida eterna e a atividade na Igreja” “A santidade que deve ser buscada por cada um de nós”. Foram exibidos também dois filmes de cunho reflexivo, mostrando exemplos de fé diante das diversas ocasiões da vida.   
          O encontro vocacional é importante para colaborar com o discernimento dos então candidatos ao ingresso no seminário, visando levá-los a uma profunda reflexão sobre a pessoa de Cristo e o caminho que o sacerdote deve trilhar, colocando sua vida a disposição do Reino e dos irmãos e irmãs.
 Proporcionando assim aos jovens uma maior intimidade com Cristo, e um amadurecimento do seu chamado, dando-lhes a oportunidade de conhecer melhor a vida sacerdotal, à qual pretendem seguir.

Seminaristas: Jonathan Geraldo da Silva e Wagner Vinícius Calçavara








segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Concurso da logomarca do Seminário São Tiago


No mês de setembro, pelo blog do Seminário, havia sido lançado o concurso para a escolha da logomarca comemorativa dos 50 anos de fundação desta casa de formação. Dentre as várias propostas enviadas, os seminaristas votaram na logomarca criada pelo publicitário e estudante de jornalismo Rhonan Moreira Neto (http://www.rhotha.com.br/). Ele é coordenador da PasCom da Paróquia de Sant'Ana, da Cidade de Barroso.

Ele buscou utilizar os símbolos e as cores do brasão do Seminário que nos fazem lembrar São Tiago, nosso protetor, e Nossa Senhora do Pilar, Padroeira da nossa Diocese.

Nossos cumprimentos ao Rhonan criatividade e pela colaboração com o nosso Seminário! Desejamos a ele muito sucesso em seus trabalhos!

O prêmio do concurso é um aparelho MP4.

sábado, 19 de novembro de 2011

SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO: O PODER A SERVIÇO DO AMOR E DO REINO

No domingo dia 20 de Novembro, a Igreja celebra a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo, que também é conhecida como festa de Cristo Rei, finalizando assim o ano litúrgico. Nesta solenidade somos convidados a refletir sobre a dimensão do poder, os benefícios e malefícios que ele pode nos trazer, pois ele pode ser usado tanto para o bem como para o mal.
Jesus Cristo mesmo com a autoridade que possuía, não se deixou ser dominado por ela, pois ele se humilhou e se fez obediente até a morte e morte de cruz  (Fl. 2,8). Para que? Para nos mostrar que o poder pode ser usado também para anunciar o amor, o bem, o reino de Deus. Será que se nós tivermos a posse de determinado poder saberíamos usá-lo corretamente? Podemos sim, usar o poder de forma correta se pensarmos que o poder não é para o nosso próprio benefício, nossa satisfação pessoal e sim para fazer dele um instrumento para anunciar a verdade, a justiça, o amor e a paz em nossa sociedade.
Partindo desta reflexão sobre a Festa de Cristo Rei e a dimensão do poder gostaria de refletir um pouco sobre algumas personagens da história que as vezes nos passam despercebidas. A Igreja celebra neste mês de Novembro duas santas que nos dão uma ideia de como podemos usar o poder de modo sábio: Santa Margarida da Escócia (dia de 16/11) e Santa Isabel da Hungria (dia 17/11). Estas duas mulheres aprenderam que o poder é um instrumento para melhorar a vida de nossos irmãos e irmãs, e não para melhorar a nossa vida.   Uma delas, Santa Isabel da Hungria (1207- 1231) descendente de nobres, deixou de lado a riqueza e o poder após a perda prematura de seu marido, o rei Luís IV, para se dedicar exclusivamente às obras de caridade. Construiu um hospital onde ela mesma servia os enfermos.
Dentre tantos outros membros da nobreza que se destacaram visivelmente pela sua santidade assim como Santa Isabel da Hungria, gostaria de fazer uma breve menção à Santa Margarida da Escócia (1046 - 1093). Exemplo admirável de mãe e rainha. Ela soube também usar do poder para fazer com que o Evangelho de Nosso Senhor, se fizesse presente no meio do povo não somente por palavras, mas também por ações.
Margarida era uma rainha “piedosa e varonil ao mesmo tempo. Cavalgava gentilmente entre os magnatas, tecia e bordava entre as damas, rezava entre os monges, discutia entre os sábios, e entre os artistas planejava projetos de catedrais e de mosteiros” ¹. Se fizermos uma breve pesquisa da vida desta santa veremos que ela fez de seu poder de rainha um instrumento de amor para fazer a vida de seus súditos um pouco mais feliz dando-lhes amor, carinho, aparando-os em suas necessidades. Diariamente servia com suas próprias mãos a comida a nove meninas órfãs e a 24 anciãos. Durante o Advento e a Quaresma, atendia com o rei, ambos de joelhos, por respeito a Nosso Senhor Jesus Cristo em seus membros padecentes, a 300 pobres, servindo-lhes comida da mesa real. Também diariamente a rainha saía pelas ruas, sendo rodeada então por inúmeros órfãos, viúvas e necessitados de toda espécie, que clamavam: “Rainha santa, socorrei-nos”, “Ó nossa mãe, assisti-nos”. E ela a todos socorria, mesmo que para isso tivesse que pedir também aos membros da sua comitiva algo com o que ajudar àquela gente. Regularmente visitava os hospitais para socorrer os doentes pobres. Os devedores insolventes encontravam nela seu auxílio. Resgatava cativos, não só escoceses, mas também de outras nacionalidades. Enfim, não houve miséria física ou moral que ela não tivesse socorrido. E ainda mais, se fez um exemplo de pessoa, não só para o seu povo, mas também para qualquer autoridade.
Santa Margarida da Escócia colocou Jesus Cristo no centro da sua vida e do seu poder. Não se deixou dominar pelo poder que possuía. Com ajuda de sua santa esposa, a rainha Margarida, o Rei Malcolm III fez do seu reinado um dos mais felizes e prósperos da Escócia. Progresso este devido a Santa Margarida.
Nesta Festa de Cristo Rei somos convidados a pensarmos se também nós estamos colocando Jesus não somente como Rei do universo, mas como Rei das nossas vidas, dos nossos corações, para que através de nós ele possa exercer seu reinado de amor, paz e justiça sobre todos os homens e mulheres assim como ele fez através da vida de Santa Margarida da Escócia.

¹. Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo II, p. 579.


Seminarista Tiago Magela de Oliveira Zacarias

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Encontros das famílias dos seminaristas em nosso Seminário

            Neste dia 15 de novembro, ocorreu em nosso seminário o encontro das famílias dos seminaristas, da casa de Juiz de fora e São João del-Rei. O encontro iniciou às 9hs com a chegada dos pais e um café, em seguida 09h30min, a psicóloga Ivânia fez uma dinâmica com os pais e os seminaristas, leu uma mensagem, e falou da importância da participação da família na vida do seminarista.
Às 11hs teve início a Santa Missa presidida pelo nosso Bispo Diocesano Dom Célio, e concelebrada pelo Reitor do seminário de Juiz de Fora, Padre Antônio Carlos, o Reitor do seminário de São João del-Rei, Padre Álisson André, o pároco da paróquia Nossa Senhora de Fátima de Barroso, Padre João Rodrigues e o diretor espiritual do seminário de Juiz de Fora, Padre Geraldo Magela, ao final da Missa tivemos a palavra dos reitores e do Bispo, incentivando as famílias a estarem unidas ao seminaristas e à Igreja.
Logo após a Missa o encontro foi encerrado com um almoço de confraternização.









domingo, 6 de novembro de 2011

“VIVER VOANDO EM BUSCA DO INFINITO”



Muitas vezes nos esquecemos do verdadeiro sentido da nossa vida. Mergulhados no emaranhado do mundo contemporâneo, deixamos para trás o que há de mais precioso em nossa vida, o amor ao nosso querido Pai do céu. Esquecemos que o sentido de nossa vida não está nas coisas efêmeras, e insistimos em nos preocuparmos mais com o nosso bem estar do que com o que realmente importa, o nosso irmão. Esquecemo-nos que estamos aqui nesta vida apenas de passagem, e o pecado acaba nos iludindo, fazendo que a cada dia demos mais importância aos bens materiais e à vaidade do que trabalhar para ajuntar tesouros no céu.

Jesus nos diz: “Bem Aventurados os pobres de Espírito porque deles é o reino dos céus” (Mt 5,3). Bem aventurados aqueles que são humildes e reconhecem que sem Deus não há sentido viver, aqueles que sabem reconhecer na face do irmão um caminho para se chegar a Deus, aqueles que seguindo e praticando os ensinamentos Jesus encontram o verdadeiro caminho do céu. Como seria bom que todos fôssemos pobres de espírito e ricos na graça de Deus, como seria bom se deixássemos de lado o nosso egoísmo individual e fossemos todos uma só Igreja que conduzisse todos ao céu!

Um grande compositor e poeta uma vez disse que Deus nos fez uma de suas criaturas, porém com uma importante diferença das demais, uma criatura que anseia amar. E como as águias desejam voar o mais alto possível, nós também desejamos voar para alcançarmos a altitude celestial. Por isso somos criaturas que almejam voar, mas voar além do limite material, queremos voar para o infinito, com os olhos fitos em Deus, nosso porto seguro! Nisto consiste a nossa vida, somos pequenos demais para sabermos voar, mas agraciados por Deus que nos dá asas para tentar até conseguir! Não tenhamos medo dos contra tempos que encontraremos em nossas tentativas, mas nos apoiemos no exemplo, que nos dá forças, dos nossos antepassados que nos legaram a fé! É importante saber que corremos riscos quando nos lançamos neste mundo, tantas coisas que chamam a nossa atenção e nos desviam do nosso objetivo. Mas o bonito é percebermos que o Pai do Céu nos ama e nos faz amar o risco das alturas, para nunca deixarmos de lado o nosso íntimo desejo: de “viver, voando em busca do infinito”!

Seminarista Elissandro José Campos de Carvalho

sábado, 5 de novembro de 2011

SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS E SANTAS DE DEUS: A SANTIDADE AO ALCANCE DO TODOS NÓS!


Neste domingo dia 6 de Novembro de 2011 a Igreja no Brasil celebra a Solenidade de todos os Santos. Podemos pensar as vezes que santidade está longe de cada um de nós, mas esse é um convite que o Senhor nos faz a todos os instantes. Deus nos chama primeiro à vida e nesse chamado à vida, viver a vida segundo a sua vontade, ou seja, viver na santidade.

Quando fazemos memória de algum santo ou santa vemos alguém tão distante dos nossos dias atuais que caímos no nosso comodismo e pensamos que isso não é para nós, não conseguiremos nunca tal façanha, não temos forças pra isso. Mas nós cristãos somos convidados pelo próprio Cristo a seguir o caminho de doação total a seu exemplo (Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. Mt. 5, 48). Essa linha de pensamento que nos faz pensar que a santidade está longe de nós, não é algo somente dos dias atuais. Desde o Antigo Testamento se tem a ideia de um Deus tão longe, mas tão longe de nós, que jamais poderia ser alcançado, mas Jesus Cristo nos veio dizer que esse mesmo Deus que se pensava que estava tão distante, na verdade se fez estar tão perto de nós, que se encarnou para viver em nosso meio e nos ensinar a lição principal para se viver na santidade: o mandamento do amor.

O Deus três vezes Santo nos ensinou que podemos fazer da nossa vida uma doação total a Ele e aos irmãos e irmãs, não para se chegar a santidade tal como ela está presente nele, pois ele é Santo por excelência, mas para podermos nos aproximar mais e mais d’Ele.  Mas nós não podemos cair na tentação de nos fazer detentores desse chamado a viver na santidade, mas esse convite se estende a todos os povos de todos os tempos e lugares (...Depois disso vi uma imensa multidão de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Ap 7, 9).

O Cristão de hoje também é convidado a seguir Jesus com um exemplo de doação da própria vida a Deus e ao próximo, assim como tantos já conseguiram no passado, tantos estão lutando hoje em dia.  

Como fazer isso? Através de uma vida baseada no amor concreto, concretude que se expressa em uma doação tão total a ponto de se esvaziar-se e deixar-se ser inundado pelo amor de Deus, a ponto de ser para o mundo um sinal de amor, de paz, de justiça (Mt. 5, 1-12). Tantos já conseguiram, nós também conseguiremos se nos esforçarmos para isso. Tantas e tantas vezes nos esforçamos para conseguirmos alcançar algum objetivo que várias vezes não nos levam a lugar algum! Vale a pena tentar seguir esse convite que o Senhor nos faz.

Somos pecadores, frágeis, sujeitos à falhas a todo o momento, mas não devemos nos abater por isso. Lembremos que Deus não nos convidou e pronto, deixando-nos sozinhos para trilhar o caminho da santidade. Ele nos conhece melhor que nós mesmos. Sabe de que barro nós somo feitos. Ele nos sustenta nessa busca/convite, com sua Palavra, com o seu Corpo e Sangue e com todos os outros que nos precederam nesta conquista.

Nós que professamos nossa fé na Comunhão dos Santos, a saber: Igreja militante. A Igreja padecente. A Igreja triunfante, que é a Jerusalém celeste, nossa mãe do alto (prefácio da missa desta solenidade). Sabemos que somos uma grande família que deve seguir a um só convite: Sermos santos.  Vários já conseguiram, nós também podemos.

Peçamos a Deus, como na Oração Coleta da missa de todos os Santos, através desses nossos irmãos e irmãs, tanto os conhecidos como também os anônimos, estes intercessores tão numerosos para que eles roguem ao Senhor, três vezes Santo, que nos ajude a sermos sinais da presença do amor de Deus e da sua misericórdia, nesse mundo tão distante das coisas do alto e tão interessado nas coisas aqui da terra.

Seminarista Tiago Magela de Oliveira Zacarias

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Esperança da Ressurreição



Neste dia 2 de novembro a Igreja Católica realiza a comemoração dos fieis defuntos. Somos convidados a refletir sobre a nossa condição de vida e a nossa breve passagem neste mundo. O dia de finados, como é popularmente conhecido, é uma saudosa memória que prestamos àqueles que amamos e que já partiram para a casa do Pai e também para aqueles que já tiveram seus nomes esquecidos pelo tempo.

No dia anterior, 1º de novembro, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. A Igreja do Brasil, por motivos pastorais, transferiu, assim como faz com diversas solenidades, para o domingo próximo sendo celebrada este ano no dia 6 de novembro. Essa solenidade é um culto de louvor e veneração não apenas àqueles cuja santidade foi canonicamente reconhecida pela Igreja, mas também a todos aqueles fieis que faleceram em estado de graça e que já gozam das delícias celestes.

Após louvarmos a Deus por estes irmãos que já alcançaram a glória da santidade, somos convidados neste dia de finados a rezarmos por todos os fieis defuntos. Como fieis defuntos compreendem-se todos aqueles que falecidos, esperam pela sua salvação e pela contemplação face a face com a Trindade. Com essa motivação própria do dia de finados somos convidados pela Igreja a depositar em nossas orações, intenções pelas almas do purgatório.

Mas este dia pode parecer um dia triste, um dia que nos transporte àquele fatídico dia em que, por ocasião da vida, perdemos aquela pessoa querida que tanto amávamos e que queríamos “para sempre” ao nosso lado. Mas nós como cristãos, devemos olhar esse dia e toda ocasião de morte de uma outra perspectiva: a perspectiva cristã da Ressurreição.

Cristo é modelo de vida para nós em todas as ocasiões de sua passagem pela terra. Nós cristãos devemos ter a consciência de que a morte não é empecilho para o homem, mas sim um instrumento de vida e de libertação. A morte é a chave para uma possibilidade de vida onde se encontra a plena felicidade, sem a mancha do pecado e as turbações dessa vida. Com a Ressurreição de Cristo temos a coragem de acreditar que com Ele poderemos vencer esse processo que o mundo vê como obstáculo e transpor as barreiras naturais rumo à eternidade.

Portanto, neste dia, talvez o único sentimento que tenhamos em nosso coração seja o da saudade, de nunca mais poder tocar, sentir e conversar com aquela pessoa tão amada. Saudade essa que nos faz prestarmos homenagens a essas pessoas, mas que principalmente, faz-nos ter a certeza de que estão em lugar melhor e que esperam também a nossa chegada.

Fica então o convite, neste dia tão memorável, de fazermos uma visita a um cemitério e lá rezarmos pelas almas dos fieis para que descansem em paz no repouso eterno do Pai.

Seminarista Lucas Alerson de Souza