terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Esperança da Ressurreição



Neste dia 2 de novembro a Igreja Católica realiza a comemoração dos fieis defuntos. Somos convidados a refletir sobre a nossa condição de vida e a nossa breve passagem neste mundo. O dia de finados, como é popularmente conhecido, é uma saudosa memória que prestamos àqueles que amamos e que já partiram para a casa do Pai e também para aqueles que já tiveram seus nomes esquecidos pelo tempo.

No dia anterior, 1º de novembro, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. A Igreja do Brasil, por motivos pastorais, transferiu, assim como faz com diversas solenidades, para o domingo próximo sendo celebrada este ano no dia 6 de novembro. Essa solenidade é um culto de louvor e veneração não apenas àqueles cuja santidade foi canonicamente reconhecida pela Igreja, mas também a todos aqueles fieis que faleceram em estado de graça e que já gozam das delícias celestes.

Após louvarmos a Deus por estes irmãos que já alcançaram a glória da santidade, somos convidados neste dia de finados a rezarmos por todos os fieis defuntos. Como fieis defuntos compreendem-se todos aqueles que falecidos, esperam pela sua salvação e pela contemplação face a face com a Trindade. Com essa motivação própria do dia de finados somos convidados pela Igreja a depositar em nossas orações, intenções pelas almas do purgatório.

Mas este dia pode parecer um dia triste, um dia que nos transporte àquele fatídico dia em que, por ocasião da vida, perdemos aquela pessoa querida que tanto amávamos e que queríamos “para sempre” ao nosso lado. Mas nós como cristãos, devemos olhar esse dia e toda ocasião de morte de uma outra perspectiva: a perspectiva cristã da Ressurreição.

Cristo é modelo de vida para nós em todas as ocasiões de sua passagem pela terra. Nós cristãos devemos ter a consciência de que a morte não é empecilho para o homem, mas sim um instrumento de vida e de libertação. A morte é a chave para uma possibilidade de vida onde se encontra a plena felicidade, sem a mancha do pecado e as turbações dessa vida. Com a Ressurreição de Cristo temos a coragem de acreditar que com Ele poderemos vencer esse processo que o mundo vê como obstáculo e transpor as barreiras naturais rumo à eternidade.

Portanto, neste dia, talvez o único sentimento que tenhamos em nosso coração seja o da saudade, de nunca mais poder tocar, sentir e conversar com aquela pessoa tão amada. Saudade essa que nos faz prestarmos homenagens a essas pessoas, mas que principalmente, faz-nos ter a certeza de que estão em lugar melhor e que esperam também a nossa chegada.

Fica então o convite, neste dia tão memorável, de fazermos uma visita a um cemitério e lá rezarmos pelas almas dos fieis para que descansem em paz no repouso eterno do Pai.

Seminarista Lucas Alerson de Souza

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