domingo, 25 de março de 2012

2ª Dor: Fuga para o Egito


            Hoje, ó piedosíssima Senhora, contemplamos a tua segunda dor, perdoaste hoje, ó dulcíssima Mãe a tua pátria. Teu amantíssimo Filho já não está mais seguro Senhora, nem sua terra natal. Podemos aqui mencionar a frase que teu Filho disse: nenhum profeta é bem aceito em sua terra. O Profeta dos profetas, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, incomoda ao ponto de quererem matá-lo. Não podemos nos esquecer do principal detalhe para nos horrorizamos como pedido, pois o que se pede é o sangue de um recém nascido, envolto nos braços de sua dileta Mãe. Tão pequeno e já incomoda o Senhor dos homens que veio ao encontro deles, e isso os amedronta.
          Agora, Mãe das Dores, fugi com teu menino, desterraio, para que Ele novamente se ache em segurança, pois com certeza, Senhora, teu coração deve ter-se  feito em pedaços. Quando, Senhora, contemplamos teu tão pequeno Menino que estava ameaçado, que nós então, Mãe, possamos nos colocar em seu lugar e imaginar, ainda que não totalmente, o teu desespero. Que também nós, ó Mãe, tenhamos esta disponibilidade de deixar a nossa terra para irmos onde o Senhor nos chama, para seguirmos nossa vocação.
        Bem sabemos como é difícil deixar o lar, a nossa família, nossa cidade, e aventurarmo-nos no deserto da vida, mas é somente diante de um deserto que nós nos desvendamos, pois é no latente silêncio ensurdecedor que conseguimos chegar a Jesus. Este silêncio não é somente um silêncio físico, auricular. O deserto ao qual me refiro é nossa alma, e o silêncio deve ser encutido na mesma, a qual se encontra perdida em meio à aridez do mundo. O silêncio é a chave para se falar com Jesus.
           E é sob essas dores, que Maria nos ensina, nos inspira a silenciarmo-nos, Maria não se desespera, mas pelo contrario, sua alma fulgurava cada vez mais ao realizar a vontade do Senhor.
            Que neste mesmo fulgurar de Maria, possamos também nós, encontrarmo-nos novamente e sair do desterro ao qual nos levou o pecado, para que possamos retornar a pátria celeste. Numa breve comparação com o êxodo, podemos aqui refletir que o Senhor sempre resgata seu povo, levando a uma terra de paz, onde emana  leite e mel, que também nós, sejamos atentos aos caminhos aos quais nos aponta o Senhor.

              Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Seminarista Jonathan Geraldo da Silva

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