segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Assunção de Nossa Senhora e a Vocação Humana




Neste mês de Agosto, em que a Igreja nos leva a refletir com mais carinho e seriedade sobre as diversas vocações às quais somos chamados para desempenhar com total disponibilidade na Igreja, ajudando com amor na construção do Reino de Deus entre nós, também somos chamados a refletir sobre a nossa vocação mais sublime: a comunhão com Deus de forma definitiva.

E para isso celebra-se no dia 15 de Agosto, no Brasil de modo especial no domingo após o dia 15, caso este não caia em domingo, a solenidade da Assunção de Nossa Senhora. O dogma da Assunção foi proclamado por Pio XII no dia 1º de novembro de 1950, através da bula “MUNIFICENTISSIMUS DEUS”, onde ele definia como matéria de fé pelas seguintes palavras: “ a Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".

Podemos dizer que esta solenidade da Assunção nos faz refletir sobre a realização do mistério Pascal na humanidade, pois como rezamos na oração coleta da missa da Vigília: “...nós que fomos salvos pelo mistério da redenção, sejamos elevados à vossa glória”. Pois, uma vez que fomos lavados do pecado pelo Sangue de Cristo e ressurgidos com ele para uma vida nova. Somos convidados a participar plenamente da comunhão celeste de forma definitiva. E a Virgem Maria, como aquela que colaborou de forma extremamente importante na redenção da humanidade, oferecendo seu ventre para que fosse gerado o autor da vida e destruidor do pecado, sem dúvida alguma ela também deveria participar dessa vitória sobre o pecado e sobre a morte sendo elevada de corpo e alma à glória celestial. E também não faria sentido que Jesus deixasse o corpo de sua Mãe Santíssima ser destruído no seio da terra.

Podemos lembrar também de um dos vários títulos de Nossa Senhora que se referem a sua assunção, o de Nossa Senhora da Boa Morte. Pode-nos a princípio soar estranho este título “Boa Morte”, mas é o que todos nós devemos almejar, ter uma boa partida para a Casa do Pai.

Mas para termos essa “boa partida” significa cumprir com a nossa missão de cristãos assumindo a vocação à qual cada um de nós foi chamado para participar na construção do Reino de Deus entre nós.

Assim, como Cristo ressuscitou dos mortos, também nós um dia ressurgiremos com ele, pois essa verdade de fé professamos no credo com as seguintes palavras: “...Creio na ressurreiçao da carne e na vida eterna. Amém.”

Roguemos, pois, à Virgem da Assunção que interceda por nós a Deus, nosso Senhor, para que ele nos dê força e coragem para podermos construir juntos o seu Reino que também é nosso (Or. Euc. V), e, assim sendo, trabalharmos na construção da nossa morada definitiva, a glória celestial.

Seminarista Tiago Magela de Oliveira Zacarias

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