sábado, 13 de agosto de 2011

“Assumpta est Maria in caelum”




“Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”.


Com essas palavras, o Papa Pio XII proclamou, pela Constituição "Munificentissimus Deus", o dogma da Assunção da Beatíssima Virgem Maria.

A Virgem, Mãe do Senhor, é elevada à glória celeste. Ela, a Mãe do Filho de Deus feito homem, preservada da mancha de culpa do pecado original, quando terminada sua vida nesse mundo é levada pelos anjos para ser exaltada como a Rainha do Universo.

A Assunção da Santíssima Virgem revela para nós cristãos a alegria de não sermos criados para este mundo, mas sim para a pátria celeste. E para que se possa participar das maravilhas dessa morada tão almejada por todos é preciso primeiro deixar de alimentar a maldade em nossos corações, os prazeres que o mundo oferece e que tantas vezes nos tornam cúmplices, permitindo que o mal domine a grandeza do bem existente em nós.

Maria é bendita entre todas as mulheres, disse “sim” e cumpriu sua missão sendo fiel à vontade de seu Senhor. Mulher simples e atenta às coisas do alto, foi escolhida para ser a Mãe do Salvador, mulher de uma fé obediente à Palavra de Deus, capaz de um abandono total de si mesma pelo que lhe foi anunciado pelo Arcanjo Gabriel. Nisso meus caros jovens amigos, consiste a grandeza de Maria, que demonstrou viver verdadeiramente uma perfeita comunhão de amor com o seu Criador.

Maria nos convida a ter confiança em Deus e nos fazermos semelhantes a ela, que se fez sua serva e se colocou inteiramente à disposição. Maria Assunta ao Céu é sinal da vitória do amor, da vitória do bem. O Senhor engrandeceu o nome de Maria tornando-a conhecida por todas as gerações, engrandeceu de tal maneira que, no Céu, ela triunfa com seu amado Filho pelos séculos sem fim, toda resplandecente de beleza e glorificada pelos anjos.

Somente Deus pode recompensar uma vida verdadeiramente virtuosa, somente ele é capaz de encher a nossa alma de alegria pelos serviços aqui prestados. Maria, que agora contemplamos como a Rainha do Universo, foi o que somos atualmente, um ser humano. Teve uma vida comum, porém soube se ater às práticas das virtudes, da confiança em Deus, no amor ao próximo e na mansidão, mesmo passando pela provação do sofrimento.

Em um sermão de São João Damasceno sobre o mistério da ressurreição e Assunção de Nossa Senhora, ele nos diz: “Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmani. Tradição antiquíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias não mais se ouviu o canto. Tendo entretanto chegado também Tomé e desejando ver e venerar o corpo, que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo, mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria. Encontraram apenas as mortalhas que tinham envolvido o santo corpo e perfumes deliciosos enchiam o ambiente. Admirados de tão grande milagre, tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que aquele que quisera encarnar-se no seio puríssimo da Santíssima Virgem preservara também da corrupção este corpo virginal e o honrara pela gloriosa assunção ao céu, antes da ressurreição geral”.

Meus queridos amigos, que acompanham o nosso blog, a solenidade da Assunção da Virgem Maria nos lembra como a Mãe de Jesus recebe a justa recompensa por suas obras, por seus atos e sofrimentos. O dia de sua gloriosa Assunção é para nós católicos uma verdade que vem desde os tempos remotos do cristianismo e que foi declarada dogma.

Peçamos a Maria Santíssima uma fé viva e autêntica para que a seu exemplo possamos um dia, no Céu, contemplar a Jesus face a face.


Seminarista Plínio A. S. Almeida


Obs: O trecho entre aspas foi extraído do site: http://infsantoantonio.br.tripod.com

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