segunda-feira, 18 de julho de 2011

Férias: Descanso e Reflexão



Neste período ferial deve-se voltar para o universo interior que cada um de nós contém, este grande universo de nossos corações e nossas mentes, que está abrigado em cada um de nós, devemos refletir sobre a vida, sobre nossas escolhas e nossos erros.

Refletindo sobre a vida devemos calar os nossos anseios temporais, aqueles que nos afastam de Deus, que nos retiram da retidão evangélica.

Deve-se observar o belíssimo exemplo do mestre e deixar que a sua voz venha encher o nosso coração, encher nossas almas de sua luz celestial, para que a exemplo dele, possamos refletir na terra o seu divino amor. Um amor tal, que nos impulsiona a doar, como o Mestre, as nossas vidas. Pois quem se dá ao serviço divino sem interesse, sem egoísmo, ainda que seja o egoísmo de salvar a sua própria alma, pois o amor nos leva a simplesmente doar-nos pelos irmãos, pois através da servidão compreendemos o valor da criação e da vida humana. Este valor era o qual o Senhor queria e quer que compreendamos, um amor ágape que se doa sem nada esperar em troca. Devemos ansiar pelo amor que fazia o coração do Senhor arder no momento do calvário.

Devemos compreender que a vida tem sentido quando a colocamos a serviço. Por isso as férias são um tempo de criar deserto interior, no qual possamos refletir de forma profunda, sobre o grande mistério da vida.

As férias são um tempo de descanso, sim, claro que sem dúvidas o descanso é necessário. Mas é necessário refletir o que é descanso e o que é preguiça, pois a nossa tendência é que nas férias possamos fazer o que quisermos, sem nos preocupar com nada, e principalmente o relógio é o ultimo a ser lembrado. Nos esquecemos que agindo desta maneira acabamos nos cansando ainda mais.

Este tempo que é dedicado ao descanso deve ser tomado como um tempo de intensificarmos nossas orações, nossos momentos de entrar em sintonia com Nosso Senhor.

Este é o momento de questionar nossas escolhas, pedir ao Senhor que nos mostre qual é o verdadeiro caminho a ser seguido em nossa jornada terrestre. Pedir ao Senhor as luzes do Divino Espírito, para que nos agracie com a divina sabedoria, para colocarmos o chamado que o Senhor nos faz, sobre todos os outros. Pois fazendo de nossas vidas um sim ao Divino Mestre elas se tornarão como o barro nas mãos do oleiro, para que o Senhor nos faça renascer do egoísmo, da preguiça e da falta de coragem, tornando-nos verdadeiros anunciadores da sua Palavra, tornando-nos sal da terra e luz do mundo.

Devemos nos lembrar que somos livres para vivermos como quisermos, podemos fazer opções livremente. Deus não interfere em nossas escolhas. Portanto, cabe somente a nós a escolha dos rumos que tomamos em nossas vidas, bem como suas consequências.

Contudo, Deus que é amor, como bem nos lembrou em sua encíclica o Papa Bento XVI, “Deus Caritas est”, este nos ampara e nos guia nos momentos de dificuldade.

Que nessas férias possamos realmente refletir e contemplar que é na doação do calvário que Cristo nos ensina o mais belo caminhar dos santos e santas, dos homens e mulheres de fé. E a partir desta reflexão encontrar o verdadeiro sentido da vida.

Seminarista Jonathan Geraldo da Silva

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