sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ser cristão exige comprometimento


Diante dos apelos contínuos da contemporaneidade, somos levados a refletir de forma insistente sobre os valores que lançamos como verdades em nossa vida. Muitas são as formas de pensar e agir. Muitos são os caminhos oferecidos. Muitos são os valores vendidos pelos meios de comunicação. A todo o momento sofremos influências externas que podem provocar em nosso interior mudanças que não possuem um caráter de crescimento pessoal. Surge aqui, uma grande questão que irá nortear nossa reflexão: Estamos comprometidos integralmente com os ensinamentos de Jesus Cristo?
A Igreja não quer que deixemos de vivenciar a realidade que nos cerca, mas, orienta-nos a permanência do compromisso com os ideais do evangelho. Nossas escolhas devem ser embasadas nos valores transmitidos por ele. E isso, podemos confirmar através do valioso documento das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, que assim nos alerta:

“O discípulo missionário sabe que, para efetivamente anunciar o Evangelho, deve conhecer a realidade à sua volta e nela mergulhar com o olhar da fé, em atitude de discernimento. Como o Filho de Deus assumiu a condição humana, exceto o pecado, nascendo e vivendo em determinado povo e realidade histórica (cf. Lc 2,1-2), nós, como discípulos missionários, anunciamos os valores do Evangelho do Reino na realidade que nos cerca, à luz da Pessoa, da Vida e da Palavra de Jesus Cristo, Senhor e Salvador”. (DGAE 2011-2015, p. 25).


Ou seja, a proposta da Igreja não é somente o conhecimento da realidade, mas sim o anúncio do evangelho nesse novo tempo. O medo de assumirmos essa proposta faz-nos tornar pessoas não comprometidas com as virtudes do reino. Grandiosas mentes trabalham em função da não-crença. Muitos pensadores contemporâneos acreditam que a sociedade padece por possuir a fé. Mas, nós que acreditamos e que presenciamos a ação transformadora da Igreja, assumimos sem temor o trabalho vivificador da crença. Não por possuirmos uma arrogância mesquinha, mas, por estarmos conscientes da construção de um mundo melhor. Um mundo enraizado no amor e na fraternidade.
Sabemos que esses valores são de fundamental importância, mas, também sabemos que eles estão muitas das vezes na esfera da idealidade. Ou seja, não estão sendo vivenciados integralmente no que se refere à prática. A nossa missão é fazer com que esse projeto chegue cada vez mais perto da realidade. Pois, somente assim iremos chegar a tão sonhada proposta messiânica.
Mesmo sentindo os efeitos de um mundo secularizado não podemos deixar de elencar nossos valores, propor nossos caminhos e caminhar nas pegadas do Bom Pastor. A realidade que nos cerca está aí, em constante transformação. Mas, para que essa transformação esteja em consonância com nossos ideais devemos nos tornar membros ativos dela. Não como personagens repressores, mas, como educadores no amor. Em Jesus Cristo não há opressão e sim libertação. Que as luzes do evangelho possam guiar nosso povo rumo à Pátria Celeste. E que Maria, a fiel seguidora dos valores evangélicos, possa nos ajudar nessa empreitada. 

Seminarista Jorge Wilson Carvalho Fonseca

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