sexta-feira, 30 de setembro de 2011

“Oh! Amo-o! Meu Deus, eu vos amo!”

Essas foram as últimas palavras da pequenina e grande Doutora que hoje a santa Igreja venera. Santa Teresinha do Menino Jesus nasceu em Alençon, França, no ano de 1873. Aos 15 anos de idade ingressou no mosteiro Carmelita de Lisieux onde passou a vida praticando a humildade, a caridade, a contemplação e o amor a Cristo. No dia 30 de setembro de 1897, encontra-se com o Divino Esposo no paraíso celestial.

Certamente, os 24 anos de Santa Teresinha foram um ensinamento valoroso e inspirante. Abrasada pelo amor divino e entregando-se à causa do Reino, ela nos ensinou a santidade: “Para chegar a ser santa é necessário sofrer muito, ambicionar sempre o que há de mais perfeito e esquecer-se de si mesmo”.

Teresinha de Jesus não se cansou de declarar seu amor ao Divino Mestre e, por amá-lo extremamente, cultivou em seu coração a ansiosa espera em vê-lo  face a face: “A terra me representa lugar de exílio, sonho com o céu”; “quero morrer repetindo a Jesus que o amo”, “oh, quem me dera morrer de amor! De amor de Deus”.

A santidade de Santa Teresinha exalava perfume como as rosas que ela jamais deixou de colocar na imagem do infante Jesus Cristo e no crucifixo que trazia abraçada nos seus últimos momentos na terra. Em seu poema “A Rosa desfolhada” lemos:

            “Assim desfolhadinha a rosa é imagem bela,
             Ó meu Divino Infante,
             Dum pobre coração que vitimar-se anela
             Por vós a cada instante.
             Mais duma Rosa cresce em vosso altar risonha,
             De vos servir contente.
             Feliz! Que a vós se deu; porém minh’alma sonha
             Em se esfolhar somente”.

 Dessa Santa  devemos imitar o amor à Eucaristia, ao próximo, ao Sacerdócio e à Igreja; São Paulo, em sua primeira Carta ao Corintios, nos diz do amor - caridade: “Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13,13), e Santa Teresinha, melhor  que ninguém praticou a caridade, mas se tornou a própria caridade. “A verdadeira caridade consiste em suportar todos os defeitos do próximo, em não estranhar suas fraquezas, em tirar das suas virtudes, por pequeninas que sejam, assunto de edificação”. E ela não se gloria de suas ações caritativas: “Sempre que me mostro caridosa, é Jesus que opera dentro de mim”, mas as faz de coração: “Só a caridade pode me dilatar o coração”.

Teresinha de Jesus sempre buscou na Eucaristia o alimento salutar que fortalece a alma, e ela nos adverte: “Não é para ficar no cibório de ouro que Jesus desce todos os dias do céu, mas sim para encontrar outro céu, o céu da nossa alma onde tanto se delicia.”

Amante da Eucaristia, ela ama também o sacerdote por ser este aquele que perdoa os pecados, que cura as almas, que tem o poder de “in persona Christi” promover a transubstanciação: “A vocação de Sacerdote! Ó Jesus, com que amor vos havia de trazer nas mãos no momento em que a minha voz vos fizesse descer do céu! Com que amor vos havia de dar às almas!”

Nas Cartas Paulinas  lemos: “De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo” (1Cor 12,12). Diante das palavras de São Paulo sobre a constituição da comunidade  como um corpo do qual Cristo é a cabeça, Santa Teresinha põe-se a se interrogar sobre seu papel dentro da Igreja: “Que membro serei?”-  Assim ela se pergunta e, depois de muita reflexão, ela conclui que é o próprio coração. É no coração que o amor encontra abrigo, e, se  sua vocação é o amor, então seu papel dentro da Igreja é fazer pulsar esse Amor a todos os demais membros: “No amor iam encerrados todas as vocações, que o amor é tudo, que abrange todos os tempos e lugares, porque é eterno!”. E ela reza feliz por tal descoberta: “Ó Jesus, meu amor! Até que, enfim, descobri a minha vocação! A minha vocação é o amor”.

Seminarista Douglas Willian Ferreira

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